O porteiro

Duas da madrugada,eu não tinha dormido,fiquei trabalhando,no portão do cemiterio.
Havia um homem lá,ele me olhava de longe,eu estranhei,deixei pra lá,devia ser só um reles bebado.
As 5 da madrugada,estava quase terminando meu turno.Aquel homem estava mais proximo,via melhor seu rosto,seus olhos apaticos e seus sujos labio,sujos de poeira,de sangue.Estava sem nariz,pareçia que tinha isdo arrancado mão,pois pedaços de cartilagem ainda estava lá.
O homem estava muito perto,começei a me apavorar.Ele rugia como um cachorro que não comia a anos.Ele abaixou a cabeça,e quando levantou,ele gritou.
Olhei pra tras,centenas de pessoas estavam ao lado dos tumulos,o estranho homem,vinha correndo,enquanto os de dentro do cemiterio,tambem corriam,todos vinham em minha direção.Não sei o que houve naquele dia,mas sei que hoje.Sou um simples andarilho,que anda sem alma pelas ruas destruidas de minha cidade.Ao meu lado,ou melhor,em todos os lados,pessoas andavam sem rumo.
A humanidade perdeu o sentido,ninguem falava,ninguem sorria,ninguem chorava.Apenas andavamos sem rumo,sem pensar em nada.

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