O milharal

Olhei pela janela do meu quarto naquela casa suja e velha, e vi um homem sentado em uma pedra, olhando consentrado para o milharal.
Pensei um pouco, logo depois fui até lá conversar com o homem, ele me olhou com triste e tentou falar alguma coisa, mas daquela boca ressecada só saia barulho de unha em ferro.


- Senhor o que houve?
- ...
- Tem alguma coisa na sua garganta.


O barulho parou, o homem se levantou e abriu a boca, um inseto grande com um enorme e eviedente ferrão na fina calda.


- Tem que sair daqui, esse inseto é perigoso, primeiro ele ferroa voce, depois entra em sua garganta e deixa um ovo lá, depois saí e logo depois vem o filho, temos que sair daqui antes que piquem voce tambem.
- Mas...minha casa.
- Tem um hotel quase de graça na cidade aqui perto, VAMOS ELE ESTA VOLTANDO.


O inseto vinha acompanhado de mais 2 e iam num vôo rasante em minha direção.


- Não dá pra esperar, corre.


Corremos até não aguentar mais, os insetos continuavam vindo em nossa direção.Nós corriamos devagar, o maximo que podia, até que vi uma pedra pontiaguda e grande na minha frente, peguei e joguei no inseto do meio. Errei por pouco, mas a pedra acertou o inseto que vinha atras. Os outros dois pararam e voltaram para onde estava o inseto morto.


- Parabens otario, agora deixou eles mais nervosos.
- É ISSO.


Nós nos escondemos em um porão de uma casa perto dali, o alçapão estava aberto, nós o fechamos.


- O que esta fazendo?
- Temos que deixar eles calmos, só assim vamos conseguir que eles deixem a gente vivo.
- Isso é loucura.Ma spode dar certo.


10 dias depois nós saimos dali, o milharal estava queimado e ainda tinha fumaça saindo de lá, olhamos para a direção da cidade e vimos varios corpos mortos espalhados pelo grande campo verde, muita fumaça saia da cidade e os poucos que sobraram vivos corriam para nossa direção sendo perseguidos por centenas de insetos.
Um deles pousou em minha cabeça e colocou a cauda na minha garganta, senti algo redondo e pegajoso caindo.
Não se pode maltratar alguma coisa, essa coisa nunca esqueçe.

fazenda do meu filho

Meu filho comprou uma fazenda em no interior de Goias,e pediu para que eu fosse dar uma visita lá,e ajudar arrumar as coisas.Eufui,é o meu filho,sempre sonhei em morar umfazenda e é otimo ver meu filho morando em uma.
Saí no outro dia de madrugada,sozinho,já que minhas duas filhas estavam em um internato e minha esposa estava viajando a serviço.
Chegando na fazenda eu vi um garoto sentado em uma arvore derrubada,como ja era na parte da fazenda do meu filho,gritei para o garoto sair de lá,ele não se moveu,eu decidi sair do carro,abaixei a cabeça para ver se meu celular estava dentro do carro,estava,e quando eu levantei a cabeça de novo,o garoto tinha sumido."Deve ter ido embora".
Entrei no carro e o liguei.FAltava poucos metros para chegar e estacionar meu carro na nobre garagem pra 5 carros da casa.


-Paizão,demorou hein?
-PArei pra enxotar um garoto.
-Onde?
-Sentado em uma arvore derrubada.
-Pai,nunca mais fique parado ali,e ignore todos que estiverem lá.
-Por que?
-Uma familia pobre não tinha onde morar,então indiram essa fazenda...
-O QUE?
-Calma,isso foi mes passado.
-Ah bom.
-...Um dia veio uma tempestade,a mais forte que ja teve nesse pais,derrubou a arvore,e ela caiu em cima da familia.O garoto que voce viu deve ser o filho da cigana.
-Cigana?
-Sim.
-Estranho,deve ser só lenda.
-Mas voce viu...sabe que é verdade.
-Esta bem,então,vai me mostrar a casa?
-hahaha,mas é claro.


Nós entramos,e depois de meu filho ter mostrado toda a casa,nos sentamos ao lado da casa e ficamos tomando uma cerveja e conversando sobre a fazenda.


-Então...Vai plantar alguma coisa aqui?
-Estava pensando em plantar um limoeiro bem ali.


Para onde meu filho apontou,tinha uma garotinha vestida com uma camisa regata suja de lama e uma saia rasgada que ia até o joelho.Não foi bom ver aquilo,meu filho gritou.


-MAS ERA PRA ELES NÃO SAIREM DA ARVORE.
-Como assim?
-Assombrações ficam onde morrem,se eles sairem,é para se vingar.



A garotinha deu algunspassos para frente e depois,o resto da familia apareçeu,eram 5 no total e um dele era um bebe de colo.



-Essa não.


Nós entramos e um forte vento passou pela casa quebrando todos os vidros e derrubando tudo que era madeira.
Logo depois,a fmilia apareçeu no meio e uma novem de fumaça e veio na nossa direção.


-voce nos matou.
-O que?
-Voce tirou de mim tudo que tinhamos.



Nunca mais vi meu filho,tudo que vejo a muitos anos é uma forte onda de fogo e fumaça,e gente se contorcendo.Por favor,me ajude


Dor e angustia

Fui a casa de um velho amigo meu, o meu antigo melhor amigo.Ele,aquele homem jovem e magrelo, matou minha familia.
Fui a casa dele para me vingar,tinha levado um fio de cerol e uma faca.E quando cheguei lá, sua familia estava na mesa de jantar, saboreando uma otima refeição que pelo que previa, seria a ultima.
Me convidei para entrar,eles não reclamaram,então me sentei a mesa,peguei um prato e servi um delicioso pintado na brasa com um pouco de salada.Aquela comida estava tão boa que ja nem pernsava mais em mata-los.Mas quando o jantar acabou,nós nos sentamos no sofa da sala de estar e jogamos o jogo de mimica.Semper fui facinado em mimica,mas não como esses amadores fazem,mimica como profissionais como eu fazem.
Na saida,não exitei em dar um soco na cara de cada um ali presente,logo depois,coloquei-os no porta malas do meu carro e fui pra casa.Não estavam mortos,alias,ja estavam acordando,levei-os para o porão em um carro-de-mão e os coloquei em mesas de metal aquecidas por horas,e ainda estavam aquecendo,por um grande sistema de forno dentro das mesas ocas.
Me sentei em uma cadeira no canto do porão e descansei durante quase uma hora,ao acordar,vi a familia inteira se contorcendo nas mesas de metal ferventes.Peguei 7 espetos de metal e cravei na mão de cada um.Já que estavam presos pela barriga por grossos cintos cercados de espinhos.
Aposto que eles nunca gritaram tanto,aproveitando da oportunidade peguei 7 espumas cheias de espuma de detergente e coloquei na boca deles.Agora sim,estava ficando bom.
Quando pararam de gritar pelo detergente derramei baldes de baratas em cima de cada um,as baratas entravam pelas bocas,passavam eplas espumas ainda enxarcadas e entravam em seus corpos,ia acabar logo,tinha que acabar logo,mas ainda tinha muitas torturas para fazer.Aproveitei a ultima e mais dolorosa,cravei grafos em suas peles e as arranquei,deixando todos em carne viva.Todos estavam mortos,menos um,aquele assassino barato,justo o que eu queria que vivesse,sorri e expalhei oleo por todo seu corpo,não poderia disperdiçar uma refeição tão boa não acham?
O oleo começou a borbulhar e fritar sua carne morta.Passei sal e fiquei batendo com uma espatula até que ele ficou parcialmente frito,e ainda vivo,peguei uma luva e enrolei arame farpado por toda ela,e levantei o assassino,o levei para fora e coloquei no cercado em que viviam meus dois pit bulls.
Ao amanhecer,ele estava despedaçado,mas ainda respirava,o joguei na piscina.E finalmente morreu.
Doce,doce vingança.

Apocalipse

Era a noite mais quente do ano,a mais quente da minha vida,em todos os lugares que eu olhava,só via corpos e fogo,nada mais que isso,nenhuma pessoa se movimentando espontaneamente,se moviam apenas pela força das centenas de explosões que aconteçiam ali a casa segundo.Só de pensar que uma explosão daquela poderia me acertar,ja ficava apavorado,mas no horizonte,no lugar mais distante,eu vi uma luz,diferente,uma luz dourada.
Fui até apreensivo,me perguntando o que é aquilo.Estava a poucos metros do brilho quando ele começou a criar forma,e eu vi,pessoas de todas as partes do mundo lutando para entrar naquele lugar seguro.Mas as explosões tambem chegavam naquele muro,e jogava para longe as pessoas que tentavam entrar.Nenhuma chegava perto de entrar.
Foi quando vi no castelo mais alto,daquela cidade de ouro,poucas dezenas de pessoas de pé,chorando pelas pessoas que estavam de fora,elas olhavam o horizonte e chegavam para traz.E no meio dessas pessoas,havia um homem de especial,um homem de manto vermelho cintilante e uma brilhosa coroa em sua cabeça,e ele disse:


-Tiveram voces,a chance de chegar a mim,mas recusaram e agora,queimaram no lago de fogo e enxofre e morrerão,assim como todos os seus pecados.


Por entre os corpos derramados no chão,saiu um liquido dourado,que queimava os mortos e vinha em nossa direção,não tinha lugar a salvo,estavamos todos perdidos,faltando alguns centimetros,veio um homem dourado que abriu os braços e fez a lava mudar de direção,esse vira para nós e diz:


-Terão mais uma chance,querem entrar na gloriosa cidade de seu senhor,e viver.Ou preferem ficar aqui e pagar o preço de tua desobediencia.


Colocamo-nos a pensar,levantamos o rosto e dizemos:


-Se pecamos,teremos que pagar,é isso que diz a tua palavra.


Esse mestre sorri,e em segundos,estavamos no palacio dourado,comendo da mais magnifica refeição ja vista.






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baseado nos dizeres biblicos e em um sonho em que eu era um deles.

O anoitecer na vila dos dragões

Fui a uma viajem a serviço no canadá.Cheguei a entrar no pais,mas ná entrada da primeira cidade,havia um homem,acenando para virar a direita,a rua estava bloqueada,ja estranehi mas segui as instruções.Andei mais uns 30 quilometros e achei um vilarejo,pequeno,mas havia muita gente.
Estava anoitecendo,dormi por lá,mas quando o relogio bateu meia noite,houve um barulho ensurdecedor,abri a janela da pousada em que estava,e na praça central da vila,vi o que um ser humano nunca havia esperado ver em vida.
Uma multidão enlouqueçida,se contorcendo por causa das milhares de escamas que saiam de baixo de suas peles,os gigantescos dentes que cortava a pele do rosto,o enorme rabo saindo das costas.
Mas alguns segundos depois,seus ossos sairam dos corpos,estavam crescendo,e nos ossos vagos,começou a nascer carne.
Saí apavorado da pousada,entrei no meu carro e aceleeri o maximo que pude,mas duas daquelas criaturas me seguiram,ainda urrando de dor,pelas asas que nasciam em suas costas.
Saí do vilarejo,eram meia noite e meia e dois dragões me seguiam,era a cena mais estranha que ja tinha presenciado,as criaturas voadoras criaram pequenas bolas de fogo em suas patas e jogaram em mim,atingiram meu carro e eu pulei pra fora antes que explodisse,um dos dragões foi para o chão,e me segurou pela boca.Meu sangue escorria pelos seus dentes.Estava quase morto quando o monstro me jogou para a rua.E foram embora.
Hoje,centenas de anos depois,estou vivendo aqui,agoniando de dor toda noite,e toda manha.Nunca queiram conhecer uma criatura mistica,pois matamos para sobreviver.

O penhasco

Subi até o ponto mais alto da minha cidade,estava um tanto escuro,apesar de ser dia.Lá em cima,havia um homem,sentado,apenas observando a maravilhosa cidade.Fui até ele,sentei ao seu lado e ele me veio com a pergunta:

-Voce mora aqui?
-Sim - respondi - desde criança.
-Queria saber,pois todos que moram aqui,são estranhos,mal educados.
-Eu entendo o que quer dizer - abaixei a cabeça e vi embaixo do penhasco,um grupo de jovens roubando minha humilde bicicleta.
-Não vai lá?
-Por que?
-É a sua bicicleta não é?
-Como voce sabe?
-Eu não sei...


O homem se levantou,abriu os braços,e se deixou levar pelo forte vento que passava por lá,ele caiu,como uma pedra,sem gritar,sem se mecher.
Ele caiu em cima dos jovens que levavam minha bicicleta.Todos estavam mortos.
Continuei sentado,assustado com aquilo,até que me veio um policial.


-Ei,senhor?
-Sim?
-Não pode ficar aqui - o policial parecia nervoso - é perigoso.
-Por que?
-Um homem morreu aqui,se suicidou.
-E daí?
-Ele volta em dias como esse.Induz a pessoa a ir com ele,venha comigo ou terei que te prender.


Me levantei e pulei do penhasco,não sei como,me virei para lá e saltei.Morri,mas quando minha alma estava voltando para o lugar da morte(o que aconteçe quando a morte é tragica),vi o policial entrando no carro,o ligando,e desapareçendo.

O porteiro

Duas da madrugada,eu não tinha dormido,fiquei trabalhando,no portão do cemiterio.
Havia um homem lá,ele me olhava de longe,eu estranhei,deixei pra lá,devia ser só um reles bebado.
As 5 da madrugada,estava quase terminando meu turno.Aquel homem estava mais proximo,via melhor seu rosto,seus olhos apaticos e seus sujos labio,sujos de poeira,de sangue.Estava sem nariz,pareçia que tinha isdo arrancado mão,pois pedaços de cartilagem ainda estava lá.
O homem estava muito perto,começei a me apavorar.Ele rugia como um cachorro que não comia a anos.Ele abaixou a cabeça,e quando levantou,ele gritou.
Olhei pra tras,centenas de pessoas estavam ao lado dos tumulos,o estranho homem,vinha correndo,enquanto os de dentro do cemiterio,tambem corriam,todos vinham em minha direção.Não sei o que houve naquele dia,mas sei que hoje.Sou um simples andarilho,que anda sem alma pelas ruas destruidas de minha cidade.Ao meu lado,ou melhor,em todos os lados,pessoas andavam sem rumo.
A humanidade perdeu o sentido,ninguem falava,ninguem sorria,ninguem chorava.Apenas andavamos sem rumo,sem pensar em nada.

Leitores